Esquecer.
Talvez fosse melhor.
Deixar pra lá quem sabe.
Em algum buraco de nossas vidas
Ignorar o dia que passa,
lento como a respiração de um moribundo.
E as pessoas que apressadas que nos atravessam,
como nuvens de fumaça.
Fechar os olhos,
tapar os ouvidos.
Não atender ao barulho das ruas,
nem o barulho de nossas cabeças.
A opção é o vazio
encontrado em nós mesmos,
e nas criaturas que nos rodeiam.
Vazias, inssensíveis, hipócritas.
Não! Não quero participar
dessa louca comédia.
Desabo no traviseiro
volto a dormir.